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     Área Temática 6 - SAÚDE

ASSESSORIA EM PSICOLOGIA: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A SUPERAÇÃO DO FRACASSO ESCOLAR

 

Adenise Maria Kamanski[1]

           Jacqueline R. Bianchi Enricone[2]

 

RESUMO

Este artigo apresenta a proposta e o relato de atividades realizadas em um projeto de extensão universitária denominado Assessoria em Psicologia a grupos de apoio a alunos em situação de fracasso escolar. Objetiva refletir sobre o trabalho do psicólogo escolar, relatar a experiência de assessoria em psicologia e discutir a prática de um grupo de professores e especialistas que trabalham com alunos em situação de fracasso escolar. Enfatiza, também, a importância do trabalho da psicologia em instituições especializadas no atendimento de alunos com dificuldades de aprendizagem e a necessidade de se repensar a formação do psicólogo enfatizando o trabalho interdisciplinar e preventivo no âmbito educacional.

 

Palavras-chave: Assessoria psicológica – Fracasso escolar – Apoio pedagógico

 

ABSTRACT

The purpose of this paper is to present a proposal and also to report the activities carried on in an extension project entitled Psychological Help to support groups heading to students with learning failures. It also aims to make a reflection about the psychological work held in schools, to report experiences and to discuss the pratical work carry on by a group of teacher who deal with students facing the problem of learning failures. This paper intends also to emphasizes the psychological help made by specialized institutions whitch deal with the kind of students named before and the necessity of rethinking the Psychologist Education highlighting the interdisciplinary and preventive work in the educational field.

Key-words: Psychological Help – Scholar failure – Pedagogic support

 

Fracasso Escolar: algumas idéias

O fenômeno do fracasso escolar, historicamente vinculado aos índices de repetência e evasão, ainda é um desafio para a escola. Embora estes índices estejam diminuindo gradativamente no decorrer dos anos, ainda se mantêm elevados. Por outro lado, considera-se também que estão em situação de fracasso escolar, aqueles alunos que são promovidos, mas não conseguem construir as habilidades e competências esperadas para seu nível de ensino.  Como se observa nos índices preocupantes do SAEB (Sistema de Avaliação Ensino Básico) que demonstraram que mais de 50%  dos alunos de 4ª e 8ª séries encontram-se em níveis críticos ou muito críticos no desempenho em língua portuguesa e matemática.

            Se fosse simples combater o fracasso escolar, ele estaria resolvido. Como afirma Perrenoud (2001), “a realidade resiste, temos que encarar a complexidade dos processos mentais e sociais, a ambivalência ou a incoerência dos atores e das instituições, as flutuações da vontade política, a renovação dos currículos e das didáticas, as rupturas teóricas e ideológicas ao longo das décadas” (p.15).

É importante destacar como historicamente o fracasso escolar foi explicado. Na abordagem de Bossa (2002), verificamos que em momentos diferentes prevaleceram concepções médicas, psicométricas e sociopolíticas.

            As primeiras explicações dos problemas de aprendizagem são da medicina, de maneira que as causas da problemática são atribuídas aos fatores biológicos. As explicações eram focalizadas na congenitabilidade e na hereditariedade. A concepção organicista deve-se ao fato de terem sido os médicos os primeiros a dedicarem-se aos problemas de aprendizagem.

            Outra concepção é a psicométrica, que perdurou por vários anos. A partir da criação dos testes de inteligência, o fracasso escolar foi associado ao déficit intelectual. Quando analisamos as dificuldades de aprendizagem, temos que considerar o potencial intelectual que a criança possui e não somente o resultado do teste.

Já a abordagem sociopolítica, está incluída em teorias explicativas mais recentes acerca do fracasso escolar em nosso país. Trabalhos de Patto (1987), Mello (1983), Brandão (1983),  Collares (1989), tratam de demonstrar o descaso dos governantes com a educação. Analisar o fracasso escolar a partir da visão sociopolítica é fundamental, pois diz respeito à manutenção das más condições de vida e subsistência de grande parte da população escolar brasileira.

A partir destas diferentes concepções, verifica-se que as explicações para as dificuldades escolares tendem a privilegiar um aspecto do ser humano, desconsiderando a complexidade que a questão impõe. Não podemos culpar a criança pelo seu fracasso, utilizando somente testes para medir suas habilidades. Como também não podemos culpar os professores, pois estes estão buscando cada vez mais alternativas e novas metodologias para conseguir melhores resultados na aprendizagem das crianças. É preciso uma visão ampla para compreender todos os aspectos envolvidos neste processo.

Na tentativa de solucionar o fracasso escolar, surgem os serviços de apoio pedagógico, as salas de recursos ou reforço para aqueles alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, ou ainda centros de atendimento especializado, geralmente vinculados ao serviço público (Secretarias Municipais de Saúde ou Educação), que oferecem atendimento aos alunos. Estes são criados para dar suporte à escola, mas observa-se que a estruturação desses serviços não tem garantido a qualificação do processo de ensino e aprendizagem, nem mesmo a reversão do fracasso escolar.

 

Os especialistas: uma alternativa para o fracasso escolar?

As instituições especializadas, que objetivam atender à demanda de alunos  com dificuldades escolares, congregam profissionais de diferentes áreas (psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos, assistentes sociais, professores). Geralmente têm por objetivo ajudar a escola na tentativa de superação do fracasso escolar. 

A instituição atendida no projeto de extensão universitária se encaixa nesse perfil e tem  como  objetivo dar atendimento, orientação e acompanhamento aos alunos, no que se refere ao processo ensino-aprendizagem, abrangendo os aspectos pedagógicos, psicossociais, orgânicos e outros, buscando alternativas preventivas e terapêuticas para a problemática. É desenvolvido na instituição, um trabalho de atendimento clínico especializado para os alunos com transtornos de aprendizagem ou outras dificuldades mais sérias que estejam obstaculizando o seu pleno desenvolvimento. Na escola, os professores e psicopedagogos realizam avaliação pedagógica e acompanhamento dos alunos com problemas ou déficits em seu processo de aprendizagem, além de desenvolverem projetos  com ênfase na prevenção, que envolvem os educandos, os docentes e as famílias.

De acordo com Butelman (1998), toda instituição vem cobrir uma carência, ocupar um vazio, e, para persistir no tempo, deve satisfazer uma necessidade social, e é por isso que os objetivos e os métodos empregados em cada organização são diferentes, de acordo com o ideal de homem a que aspire tal sociedade. Desse modo, toda instituição deverá ter a flexibilidade necessária para sofrer as transformações solicitadas a fim de adaptar-se às necessidades que incluam o contexto institucional e macrocontexto.

Desta forma, desenvolve-se, nesta instituição, o trabalho de assessoria em psicologia escolar. O objetivo do trabalho é proporcionar assessoria e apoio aos profissionais da educação, professores e especialistas das escolas públicas, que trabalham com alunos em situação de fracasso escolar (laboratórios de aprendizagem, reforço ou apoio pedagógico, sala de recursos e centros de atendimento ao educando). Contribui para a formação em serviço desses profissionais, mediante o aprofundamento teórico e reflexão da prática, possibilitando ampliar a compreensão dos mesmos no que se refere às questões da aprendizagem e do fracasso escolar, bem como para a reestruturação e qualificação do  trabalho realizado.

 O psicólogo escolar é um profissional voltado para a dimensão educacional e pode atuar em instituições educativas formais ou informais. O trabalho do psicólogo escolar no formato de assessoria possibilita o distanciamento necessário das instituições educacionais, para reconhecer aspectos importantes que precisam ser modificados ou repensados, contribuindo para as transformações necessárias.

 

Assessoria em psicologia escolar: atividades possíveis

            Descreveremos a seguir, algumas atividades realizadas na prática de assessoria em psicologia escolar, buscando exemplificar em que áreas a ação do psicólogo pode auxiliar estas instituições educativas. No trabalho de assessoria desenvolvido foram possíveis as seguintes atividades:

1- Participação do trabalho das equipes de planejamento pedagógico, currículo e políticas educacionais, concentrando sua ação nos aspectos que dizem respeito aos processos de desenvolvimento humano, da aprendizagem e das relações interpessoais e colaborando na constante avaliação e no redirecionamento dos planos e práticas educacionais, para implementar uma metodologia de ensino que favoreça a aprendizagem e o desenvolvimento: Nesse sentido, foram desenvolvidas ações que envolveram o planejamento, implementação e avaliação permanente do projeto de extensão; debates para estruturação do projeto político pedagógico institucional redefinindo  objetivos de cada setor da instituição e definindo critérios para ingresso de profissionais no grupo;  reorganização interna  da instituição com a estruturação de políticas de funcionamento e  definição de papéis dos diferentes profissionais que trabalham na instituição e na escola; incentivo ao resgate e registro  dos aspectos históricos da estruturação dos serviços.

2- Desenvolvimento de trabalhos com os educadores, visando explicitação e a superação de entraves institucionais ao funcionamento produtivo das equipes e ao crescimento individual de seus integrantes: Foram desenvolvidas atividades referentes à avaliação permanente  da prática, repensando-a e criando alternativas e propostas diferenciadas, houve encontros de discussão e formação entre os especialistas e professores das escolas sobre aspectos importantes para o trabalho (desenvolvimento infantil, relação família/escola/instituição,  concepções de ensino-aprendizagem, conceito de criança, adolescente...).

3- Viabilização com os participantes do trabalho escolar, de atividades visando prevenir, identificar e resolver problemas: Incentivo a práticas interdisciplinares entre a escola e outras instituições educativas para estudo e reflexão do trabalho realizado; visitas as escolas para contextualização e reflexão sobre a realidade e diversidade existente; elaboração de projetos com temas específicos de acordo com a realidade de cada grupo (psicomotricidade, alfabetização, ortografia, adolescência, trabalho interdisciplinar e interinstitucional).

4-  Realização de pesquisas, diagnósticos e intervenções em grupo ou individual:  foram efetuadas pesquisas e levantamento de dados estatísticos importantes para a avaliação do próprio trabalho  e planejamento de intervenções.

5- Analise e  discussão de  temas polêmicos na área educacional como, a inclusão escolar e o processo de  alfabetização, promovendo ações  conjuntas que envolvam toda a comunidade escolar: Discussão, à luz das teorias, do tema inclusão contribuindo para a definição de metas e propostas para a Política de Inclusão de Portadores de Necessidades Especiais. A partir da proposta de inclusão podem ser  revistos  conceitos educacionais como o entendimento que o grupo tem de inclusão escolar, quem é o aluno incluído, como deve ocorrer o processo de ensino-aprendizagem para estes alunos, quais são os processos metodológicos e avaliativos adequados à perspectiva da inclusão.

6- Aplicação de técnicas psicológicas, empregando conhecimentos dos vários ramos da psicologia, para apropriar o desenvolvimento intelectual, social e emocional do indivíduo e do grupo: Realização de dinâmicas de grupo, com o objetivo de proporcionar uma maior integração na equipe, incentivando a cooperação e interdisciplinaridade.

Na medida em que se desenvolveu a assessoria conseguiu-se perceber como esse trabalho pode auxiliar na definição de políticas para os grupos e na efetivação de práticas relacionadas à formação permanente dos profissionais, através de discussões e estudos teóricos. Além disso, a possibilidade de troca de experiências e discussão da prática dos profissionais envolvidos qualifica o trabalho de todos,  atingindo os pontos frágeis do processo, identificados pelo grupo.

Desta forma, o trabalho do psicólogo pode contribuir para a prevenção do fracasso escolar e envolvimento de todos no processo educacional,  enfatizando a busca de uma maior integração família/escola/ entidades/comunidade.

 

Considerações Finais

            Apesar dos muitos estudos sobre fracasso escolar, os profissionais da educação e até mesmo os especialistas que trabalham com a escola, ainda apresentam uma visão parcial do problema, tendendo a culpabilizar o aluno ou sua família pelo seu fracasso. Isto aparece nos serviços de apoio escolar que, em princípio, são estruturados na tentativa de reverter a situação em que se encontram muitos alunos, mas que acabam apenas reforçando a idéia de que o problema está neles. Na prática o que se observa é que o encaminhamento para serviços clínicos ou o “diagnóstico”  isenta os envolvidos de buscar alternativas para se trabalhar com estas crianças. Nessa perspectiva, a preocupação é encontrar patologias que justifiquem o não aprender. Isto é demonstrado através dos enfoques clínicos destes serviços, com imensas listas de espera de atendimento e pouco ou nenhum trabalho preventivo na escola ou na comunidade.

Segundo Costa (1994) o modelo clínico atende à área da saúde, cujas instituições têm função fundamental de “tratar” dos “doentes”, procurando restituir-lhes a saúde perdida. Ao se transferir tal modelo para a educação, parte-se do princípio de que os alunos que fracassam na escola sejam elementos que, de alguma forma, também estão “doentes”, possuem algum tipo de “patologia” que necessita ser “tratada” para ser curada. Portanto, a criança que fracassa, de aluno passa a ser paciente, e as aulas por sua vez a sessões de tratamento. Isso equivale a colocar, em última instância, a culpa do fracasso na criança, na sua doença, em seu distúrbio de aprendizagem, suas “dislexias”, e a isentar dessa culpa, de uma maneira geral, a escola e a estrutura social, política e econômica das quais  faz parte.

 Ao se colocar o fracasso da criança como uma doença a ser tratada,  de certa forma, desvia-se a responsabilidade da escola para a clínica, instituições especiais ou consultórios, e do professor para outros profissionais especializados.

A partir do trabalho desenvolvido, denota-se que, no contexto escolar, o trabalho do psicólogo é fundamental, pois as dificuldades de aprendizagem não estão centradas no aluno, mas no conjunto mais abrangente que envolve também a comunidade, a família, a escola. Portanto, uma visão mais abrangente é cada vez mais necessária. É importante também salientar, que o trabalho de assessoria  se desenvolva  de forma não  hierárquica, contribuindo para o pensar conjunto das ações dos grupos,  instrumentalizando e fortalecendo os profissionais que a eles pertencem.

Novaes (1992) aponta alternativas viáveis de atuação do psicólogo na escola, tais como a ampliação do enfoque interdisciplinar e do trabalho em equipes multiprofissionais, a ênfase na atuação comunitária, a prevenção, o compromisso com o desenvolvimento das potencialidades dos educandos, o apoio psicológico a professores e pais, o compromisso social e cultural, a convivência com os conflitos e contradições de realidade educacional.

            A assessoria em psicologia contribui para o repensar da prática desses grupos, fazendo com que o trabalho não perca seu objetivo que é atender as crianças em situação de fracasso escolar, mantendo um olhar ampliado sobre o fenômeno e trabalhando com projetos que enfatizem à prevenção do mesmo, em toda a comunidade escolar. Os projetos trabalhados demonstram a necessidade de parcerias, pois  as crianças que freqüentam a escola, são as mesmas que freqüentam outras instituições da comunidade e outros espaços da cidade.

            O desenvolvimento de ações que busquem soluções para os problemas que já existem na escola e as tentativas de prevenção ao fracasso escolar, exigem um comprometimento da escola como um todo: direção, coordenação pedagógica e professores; e dos serviços que atendem essa demanda: psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos, pedagogos, em um trabalho cooperativo e integrador. Este é um desafio constante nessa modalidade de trabalho, pois a “interdisciplinaridade” tem demonstrado ser uma tarefa complexa e difícil na prática dos especialistas e dos professores. Acreditamos que, quando o grupo consegue perceber estas dificuldades e dar-se conta de suas necessidades, tem mais chances de realizar um trabalho eficaz. A assessoria em psicologia contribui para o trabalho em equipe, que geralmente é um dos obstáculos destes grupos. A partir da realização de encontros de estudo e reflexão da prática observa-se o amadurecimento do grupo no sentido da cooperação e envolvimento  e disponibilidade pessoal em relação ao trabalho desenvolvido.

            A formação continuada ou em serviço é outro desafio constante para os profissionais que trabalham nesses serviços. Muitas vezes, por falta de recursos, acabam realizando um trabalho isolado sem investimento na própria formação. Oferecer essa oportunidade para esses professores e especialistas é importante, pois a discussão de temáticas, os estudos teóricos e a troca de experiências, dão suporte ao trabalho realizado. Além disso, a discussão da prática contribui para a formação de profissionais reflexivos, críticos que conseguem, por meio desta atitude, ampliar seu olhar sobre as questões educacionais, incluindo a avaliação constante de seu próprio trabalho.          

            O debate sobre a  inclusão também mostra o desafio que este tema representa para os professores e especialistas. A inclusão postula uma reestruturação do sistema de ensino, objetivando que a escola se torne aberta às diferenças e competente para trabalhar com todos os alunos sem distinção de raça, classe, gênero ou características pessoais. A inclusão requer mudanças tanto na sociedade quanto na escola, e  deve se aplicar a todos, não somente aos portadores de necessidades especiais. As discussões realizadas neste projeto podem contribuir para definir políticas, enfatizando a necessidade de os profissionais estarem abertos às mudanças, e construindo um novo olhar do professor sobre a diferença: o olhar da  diversidade, acreditando que, conforme  Santos (2001) devemos lutar pela igualdade quando a diferença nos inferioriza e lutar pelo direito à diferença quando a igualdade nos descaracteriza.

             Quanto à importância da psicologia nesta interação com a educação queremos afirmar que este é também um desafio. Observamos que alguns profissionais da área da psicologia, muitas vezes, não tem a dimensão educacional como questão fundamental para o bom desenvolvimento de seu trabalho. É comum, porém, encontrarmos estes profissionais atuando junto às escolas de forma direta ou indireta. Verifica-se portanto, a necessidade de que a formação dos psicólogos esteja também voltada para estas demandas, pois é inegável o papel fundamental que a educação exerce na estruturação dos sujeitos e na organização da sociedade.

 

[1] Acadêmica do Curso de Psicologia da URI – Campus de Erechim, bolsista do projeto de Extensão Universitária

[2] Psicóloga e professora do Curso de Psicologia da URI - Campus de Erechim, mestre em Educação, responsável pelo projeto de Extensão Universitária Assessoria em Psicologia a Grupos de Apoio a Alunos em Situação de Fracasso Escolar.

 

BIBLIOGRAFIA

BOSSA, Nádia Aparecida. Fracasso escolar: um olhar psicopedagógico. Porto Alegre: Artmed, 2002.

SANTOS, Boaventura de Souza. Para um novo senso comum: a ciência, o direito e a política na transição paradigmática. V. 1. A crítica da razão indolente. Contra o desperdício da experiência 2 ed. São Paulo, Cortez, 200.

BUTELMAN, Ida (org.). Pensando as instituições: teorias e práticas em educação. Tradução Jussara Haubart Rodrigues. Porto Alegre: Artmed, 1998.

COSTA, Dóris Anita Freire. Fracasso escolar: diferença ou deficiência? Porto Alegre: Kuarup 1994.

NOVAES, Maria Helena. Psicologia da educação e prática profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 1992.

PERRENOUD, Philippe. A pedagogia na escola das diferenças: fragmentos de uma sociologia do fracasso. Trad. Cláudia Shilling. Porto Alegre: Artmed Editora., 2001.

Vivências, Erexim. v.1, Ano1, nº 2, p. 46-53. Maio, 2006; ISSN: 1809-1636