COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL VOLTADA À CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA NA REGIÃO DO ALTO URUGUAI GAÚCHO[1]

 

Communication and environmental education towards the conservation and restauration of permanent preservation areas: report of an experience in the Alto Uruguai Gaúcho Region

 

Édina Elisa MINGOTTI[2]

Sônia Beatris Balvedi ZAKRZEVSKI[3]

Vanderlei DECIAN[4]

Camila DIPP[5]

 

 

RESUMO

Neste artigo relatamos uma intervenção desenvolvida pelo Coletivo Educador do Alto Uruguai Gaúcho, durante o ano de 2009, voltada à conservação e restauração de Áreas de Preservação Permanente (APP). O Coletivo Educador é constituído por um colegiado de instituições que atuam em processos educativos que objetivam a formação permanente, participativa e continuada de educadores ambientais, com vistas à construção de um território sustentável. Atualmente, congregam o Coletivo Educador do Alto Uruguai Gaúcho 50 entidades pertencentes a 18 municípios da Associação dos Municípios do Alto Uruguai/RS. O Projeto de Educação Ambiental voltado à recuperação e conservação de matas ciliares e áreas de preservação permanente, na região abrangida pelo Coletivo, contemplou a formação de lideranças, professores, jovens, agricultores e comunidade em geral sobre a temática, por meio da realização de palestras, oficinas, minicursos, mostras de vídeos, visitas guiadas, entrevistas nas rádios locais e vinhetas informativas. Durante o projeto aconteceram Encontros Infantis e Conferências Infanto-juvenis de Meio Ambiente, em nível escolar, municipal e regional, com o objetivo de discutir a temática e da definição e implantação de uma ação concreta voltada à conservação e restauração de APP. Por meio do projeto a comunidade regional foi informada sobre os bens e serviços prestados pelas APP e sensibilizada para a conservação das mesmas.

 

Palavras-chave: Educomunicação, Educação Ambiental, Coletivo Educador.

 

 

ABSTRACT

In this article we show an intervention developed by the Collective Educator from Alto Uruguai Gaúcho, during the year of 2009, concerned to the preservation and recovering of Permanent Areas of Preservation (PAPs). The Collective Educator is constituted of a collegiate of institutions with continued participation of environmental educators, looking for the construction of a sustainable field. Nowadays, congregate the Collective Educator from Alto Uruguai Gaúcho 50 entities belonging to 18 towns of the Association of the Alto Uruguai/RS Cities. The elaboration and implementation of the Environmental Education Project that is concerned  to the recover and conservation of ciliary’s  forests and permanent  areas of conservation, in the areas neighboring the Collective area, emphasizing the formation of leaderships and teachers, juvenile, farmers and community in general, with lectures, small courses, videos, guided visits, radio interviews and informative vignettes.  It was realized Infant and Infant-Juvenile Conferences in which had the objective discussing the thematic and implementation of a correct action to conserve and preserve the PAP. By the project the regional community was informed about the services made by the PAPs and  touched in a way to preserve it.

 

Key words: Educommunication, Environmental Education, Collective Educator.

 

 

INTRODUÇÃO

 

Um dos maiores problemas ambientais encontrados na região do Alto Uruguai Gaúcho está relacionado à conservação do solo e da água, gerados pela falta de conservação de matas ciliares e de outras Áreas de Preservação Permanente (APP).

As APP são áreas de grande importância ecológica. Cobertas ou não por vegetação nativa têm como função preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas.

Entre os principais benefícios das matas ciliares merece destaque a manutenção da qualidade e quantidade da água pela sua função de tamponamento entre os cursos d’água e as áreas adjacentes cultivadas, retendo grande quantidade de sedimentos, defensivos agrícolas e nutrientes e pela sua capacidade de proteção do solo contra os processos erosivos e aumento na capacidade de infiltração de água no solo; estabilização das margens dos rios através da grande malha de raízes que dá estabilidade aos barrancos e atuação da serrapilheira retendo e absorvendo o escoamento superficial, evitando o assoreamento dos leitos dos rios e das nascentes; habitat para a fauna silvestre proporcionando ambiente com água, alimento e abrigo para um grande número de espécies de pássaros e pequenos animais, além de funcionarem como corredores de fauna entre fragmentos florestais; habitat aquático proporcionando sombreamento nos cursos d´água, abrigo, alimento e condição para reprodução e sobrevivência de insetos, anfíbios, crustáceos e pequenos peixes.

O mau uso destas áreas também pode resultar em perdas econômicas, tendo em vista que, o assoreamento pode causar a diminuição da vazão de lagos e rios onde a vegetação ribeirinha está degradas.

Antes de propor projetos voltados à restauração de APP é necessário que a população do território abrangido seja ambientalmente educada, ou seja, sensibilizada, com conhecimentos e compreensão sobre a importância da conservação destas áreas de preservação, bem como sobre técnicas e processos para a restauração das mesmas.

Neste artigo relatamos e analisamos uma experiência de Comunicação e Educação Ambiental, sobre conservação de matas ciliares e áreas de preservação permanente, desenvolvida no ano de 2009, pelo Coletivo Educador do Alto Uruguai Gaúcho, em seu território de Abrangência.

 

UMA BREVE CARACTERIZAÇÃO DO COLETIVO EDUCADOR DO ALTO URUGUAI

 

Os Coletivos Educadores fazem parte de uma política pública do Ministério do Meio Ambiente (MMA). São constituídos por um conjunto de representantes de instituições que atuam em processos formativos e que se aproximam no sentido de possibilitar uma formação permanente, participativa e continuada em EA, voltada à totalidade de habitantes de uma região (FERRARO, 2006).

O papel dos Coletivos Educadores é promover a articulação de políticas públicas, reflexões críticas, aprofundamento conceitual, instrumentalização para a ação, proatividade dos seus participantes e articulação institucional, visando a continuidade e sinergia de processos de aprendizagem de modo a percolar, de forma permanente todo o tecido social do território estipulado.

São constituídos por um grupo de pessoas que aprendem participando, realizando pesquisa-ação-participante. São grupos democráticos, não hierarquizados, transparentes, sempre aberto a entrada de novos parceiros, novas instituições, no qual a solidariedade e a cooperação se tornam a regra, ele também é aberto à divergência e à emergência de conflitos, fundamentais para a vitalidade e criatividade do grupo.

Os grupos de trabalho envolvidos no Coletivo Educador do Alto Uruguai Gaúcho, seguindo a orientação do MMA, foram denominados de PAP (pessoas que aprendem participando). Para o Coletivo Educador do Alto Uruguai Gaúcho, o PAP1 é composto pelas entidades proponentes do Coletivo Educador no território (URI, CORSAN, EMATER, Comitê Apuaê-Inhandava, 15° CRE, 3° Batalhão Ambiental da Brigada Militar). O PAP2 é formado por grupos de pessoas que interagem com o Coletivo na formação de educadores ambientais populares (representantes de sindicatos, instituições de ensino, órgãos públicos, etc). O PAP3 é composto por educadores ambientais populares, que agem e intervém no contexto socioambiental, promovendo a construção da sustentabilidade em seu território (agentes de saúde, animador sócio ambiental, lideres de comunidades, etc).

É de responsabilidade do Coletivo Educador do Alto Uruguai Gaúcho, promover processos sincrônicos de formação de educadores, educomunicação, educação por meio de fóruns e colegiados e educação por meio de estruturas educadoras. Esses processos de formação podem envolver diferentes modalidades e estratégias de ensino-aprendizagem visando à participação de todos os setores sociais do território. Assim, uma articulação de diversos grupos de educadores ambientais é fundamental para que o Coletivo Educador possa atuar em diferentes contextos.

 

COLETIVOS EDUCADORES E EDUCOMUNICAÇÃO AMBIENTAL

 

Sabemos que a comunicação é fundamental para a participação dos sujeitos no ato de conhecer.  Nesse sentido a Educomunicação Ambiental se insere como umas das estratégias propostas pelos Coletivos Educadores, universalizando o direito à comunicação. O uso dos recursos da mídia permitem a democratização das informações, contribuindo assim para o acesso de todos ao conhecimento socioambiental.

A educomunicação além de promover o acesso dos cidadãos à produção e difusão da informação, deve possibilitar a discussão sobre como o mundo é apresentado nos meios de comunicação. Ao facilitar o processo ensino-aprendizado através do uso criativo dos meios de comunicação e de suas tecnologias, a educomunicação pode também promover a expressão comunicativa dos membros da comunidade educativa. (SOARES, 2000) 

A Educomunição contribui no enfrentamento ao desafio de construção de uma sociedade educada, educomunicando ambientalmente para a sustentabilidade, promovendo mudanças que permeiem o cotidiano de todas as pessoas. Para que isso aconteça é fundamental o uso de espaços comunicativos que potencializem a voz de educadores e educadores ambientais, por intermédio do uso de veículos de mídia.

O uso de recursos da mídia como forma de mobilização é relativamente nova para Coletivos Educadores. Os Coletivos podem incentivar, orientar ou mesmo produzir conteúdo para os meios de comunicação, principalmente jornais, rádio e TV, implementando ações educativas, envolvendo toda a comunidade, independentemente da condição social, grau de instrução ou inserção no mercado.

 

DESCRIÇÃO DO PROJETO IMPLEMENTADO E DE SEUS RESULTADOS

 

Os objetivos do projeto de intervenção

O projeto voltado à discussão sobre a conservação e restauração de Áreas de Preservação Permanente, elaborado e implementado pelo Coletivo Educador do Alto Uruguai Gaúcho, contemplou conteúdos relacionados à gestão participativa para a conservação e a restauração de áreas de Preservação Permanente na região, tendo como horizonte de sua ação o diálogo das escolas com a sociedade. Por esta razão o projeto incluiu a comunidade nas ações das escolas e valorizou a presença da escola na solução dos problemas da realidade local, resultando daí um compromisso de ambos os lados, escola e comunidade, com a compreensão e solução compartilhada de problemas relacionados com a conservação e restauração, o que representa um importante aprendizado de cidadania.

O objetivo geral do projeto foi “sensibilizar, construir conhecimentos e envolver a comunidade regional no processo de conservação e restauração das APP através da integração de ações de educação e gestão ambiental”. Chegou-se a este tema por meio de um diagnóstico sócio-ambiental dos maiores problemas da Região do Alto Uruguai Gaúcho que estão relacionados à conservação do solo e da água, gerados pela falta de conservação de matas ciliares e outras APPs.

 

Abrangência do Projeto

O Projeto Coletivo Educador do Alto Uruguai Gaúcho tem a participação dos municípios de Áurea, Barão de Cotegipe, Entre Rios do Sul, Erechim, Erval Grande, Gaurama, Getúlio Vargas, Jacutinga, Itatiba do Sul, Mariano Moro, Paulo Bento, Quatro - Irmãos; São Valentim, Severiano de Almeida, Três Arroios e Viadutos. Tem como público alvo às lideranças do poder público municipal (representantes das secretariais municipais de educação, meio ambiente e agricultura) e da sociedade civil organizada (sindicatos, associações de bairro, grupos de jovens e agentes comunitários de saúde); a comunidade escolar (alunos, professores, funcionários de escola e alunos do ensino fundamental e médio) da região de abrangência do projeto; os agricultores; e a comunidade em geral. 

 

O CAMINHO PERCORRIDO

 

a) Planejamento Coletivo do Projeto: no período de julho a agosto/2009 foi elaborado pelo PAP2 e PAP3 um projeto de Educação Ambiental sobre conservação e restauração de matas ciliares e outras Áreas de Preservação Permanente. Este projeto foi amplamente discutido com os PAP4 dos municípios e adequado às necessidades e expectativas apresentadas. Durante este período foram desenvolvidas inúmeras atividades que geraram resultados significativos para a região.

 

b) Produção de materiais didáticos que subsidiaram a implantação do projeto de educação ambiental: foi definido pelo Grupo de integra os PAP2 e PAP3 os materiais didáticos que deveriam ser produzidos para subsidiar a implementação do projeto nos municípios. Os mesmos serviriam como base e uma forma de contribuição no processo de sensibilização e construção de conhecimentos sobre conservação de APP. A produção de material didático que foi coordenada aluna bolsista, orientadora, equipe do Lab. de Educação Ambiental da URI e EMATER/RS/ASCAR e foi realizada no período de agosto a outubro.

Esses materiais foram produzidos como estratégia de comunicação a fim de estimular e difundir a comunicação popular participativa no campo da Educação Ambiental, com o fim de fortalecer a ação educadora coletiva pela sustentabilidade e contribuir para a elaboração e a implementação de uma Política Nacional de Comunicação e Informação Ambiental.

Foram elaborados os materiais: Apresentações em Power point, história em quadrinhos, textos informativos, caderno temático, vinhetas e músicas.

Após a leitura, discussão e recomendações para ajustes, pelo PAP2 de todos os materiais produzidos, ficou de responsabilidade de um Comitê de Leitura e Avaliação, constituído por professores do Departamento de Ciências Biológicas e de Ciências Humanas da URI, da EMATER e da Prefeitura de Mariano Moro, a realização de correções/melhorias no material.

A avaliação do material foi realizada tendo como referência os seguintes critérios: qualidade teórica do material elaborado, uso da linguagem, qualidade das imagens e ilustrações e a capacidade de sensibilizar a população para a conservação e restauração de APPs.

Os impactos do material didático para a formação dos educadores e para a implementação dos projetos de educação ambiental serão avaliados por meio de um questionário aplicado para o público que faz o uso deste material.

 

c) Formação de professores sobre áreas de preservação permanente:

A formação dos professores aconteceu em dois momentos, contando com o apoio da 15ª Coordenadoria Regional de Educação e das Secretarias Municipais de Educação, contemplando a formação para lideranças das escolas e uma formação específica para professores de Escolas do Campo. Durante o processo, que teve a duração de oito horas, foi contemplado o estudo sobre as APPs e a legislação que as rege.

 

d) Implementação do projeto nos municípios

Durante o processo de implementação do Projeto nos municípios aconteceu no período de novembro e dezembro/2009 e priorizou a realização de:

- Palestras comunitárias envolvendo a comunidade em geral: participaram das mesmas a comunidade em geral, sindicatos, grupos de jovens, clube de mães para a discussão sobre os problemas relacionados à conservação das APPs em cada município que participa do Coletivo Educador. As questões relacionadas à legislação ambiental também foram contempladas. As palestras foram desenvolvidas pelos  integrantes dos PAP2 e PAP3, tendo como subsidio os materiais elaborados pelo Coletivo, a experiência profissional da cada palestrante, seu conhecimento e a realidade de cada município.

 

- Palestras para alunos do ensino médio: as palestras foram ministradas pelos professores do Departamento de Ciências Biológicas da URI-Campus de Erechim, em diversas escolas estaduais para os estudantes do ensino médio. Os temas abordados foram Matas Ciliares (vegetação ciliar), Áreas de Preservação Permanente (APPs), legislação e recuperação de áreas degradadas.

 

- Encontros Infantis de Meio Ambiente: este encontro os estudantes de 1ª a 4ª séries dos 15 municípios que congregam o Coletivo Educador tiveram a oportunidade de conhecer e discutir sobre a importância da conservação e restauração de APPs.  Foram realizadas com as crianças atividades lúdicas com caráter informativo: teatro, vídeo, música e mini-palestra. A organização do Encontro Infantil teve responsabilidade do Lab. de Educação Ambiental da URI e EMATER em parceria com as Secretarias Municipais de Educação.

 

- Conferência Infanto-Juvenil de Meio Ambiente: a Conferência aconteceu em três níveis de abrangência: Conferências nas Escolas: cada escola promoveu uma Conferência envolvendo a comunidade escolar.

A Conferência na Escola foi um momento muito rico para a comunidade escolar (estudantes de todos os turnos, professores, funcionários e população entorno da escola). Nela foram apresentados os trabalhos desenvolvidos pelos alunos (turma/série/grupos); foi definida uma Responsabilidade Coletiva da Escola, voltada ao tema central do projeto, também um grupo de alunos e um professor/funcionário foram indicados para representar a Escola durante a Conferência Municipal e na Conferência Regional (Delegados de Meio Ambiente das Escolas).

As Conferências Municipais foram realizadas em cada município, em local e horário definido pelas escolas juntamente com a Secretaria Municipal de Educação. Durante a Conferência Municipal, cada escola que realizou a Conferência Escolar, teve à disposição o tempo de 15 minutos para a apresentação tanto do trabalho Selecionado na escola como da Responsabilidade Coletiva assumida pela referida escola. Na Conferência Municipal, houve a indicação dos trabalhos que foram apresentados durante a Conferência Regional Infanto-Juvenil de Meio Ambiente.

A III Conferência Regional Infanto-Juvenil de Meio Ambiente aconteceu no dia 10 de dezembro de 2009, no salão de Atos da URI-Campus de Erechim, contando a participação de aproximadamente 450 alunos de 5a a 8a séries, professores e funcionários das Escolas Estaduais, Municipais e Privadas de todos os municípios que congregam o Coletivo Educador. Na mesma os estudantes tiveram oportunidade de apresentar os trabalhos elaborados durante o semestre, bem como as responsabilidades e ações que as suas escolas, municípios assumiram em relação à conservação e restauração de APPs. A organização deste evento foi de responsabilidade da URI e contou com o apoio das entidades que integram o PAP3.

 

- Divulgação de Vinhetas nas Rádios Comunitárias dos municípios integrantes do Coletivo Educador: Como estratégia de Educomunicação e com o intuito de divulgarmos o projeto e um conhecimento a mais para toda a população sobre APPs e matas ciliares, todos os municípios proponentes do Coletivo Educador elaboraram algumas vinhetas relacionadas ao projeto. As mesmas foram gravadas pela Rádio Virtual e encaminhadas pelos integrantes do PAP2 para as rádios comunitárias locas. As vinhetas foram veiculadas entre uma programação e outras das Rádios pelo período de dois meses. Cada rádio no final da vinheta assinou o seu apoio ao Projeto do Coletivo Educador do Alto Uruguai Gaúcho.

 

- Definição de áreas dos municípios para a implantação de Áreas de Preservação Permanente demonstrativas: a fim de exemplificar os métodos de restauração e conservação das APPs serão construídas áreas demonstrativas, onde serão utilizados consórcios de métodos de restauração de modo a tornar visível o que deve ser feito para recuperar tais áreas.

Estas áreas serão utilizadas de maneira didática objetivando além de demonstrar os diferentes métodos de restauração de APPs possíveis para a região, sensibilizar a população quanto à importância destas áreas para o ecossistema e para o ser humano, facilitando o entendimento quanto a necessidade das APP.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

O Coletivo Educador do Alto Uruguai Gaúcho, por meio do projeto voltado à conservação e restauração de APP, promoveu o diálogo de saberes (científicos, filosóficos, populares), buscando o fortalecimento da educação ambiental para a sustentabilidade, por meio práticas educativas legitimamente participativas e continuadas, no seu território de abrangência.

Houve grande envolvimento, responsabilidade e engajamento, especialmente por parte das comunidades escolares regionais, durante todo o processo.

A aprendizagem sócio-ambiental realizada pelo Coletivo Educador contemplou conceitos e propostas adaptadas para a realidade de cada público envolvido. O projeto, que foi implementado de modo participativo, teve na avaliação continuada, uma grande referência para a superação das dificuldades e potencializou suas virtudes.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

BRASIL. Programa Nacional de Formação de Educadores Ambientais – por um Brasil educado e educando ambientalmente para a sustentabilidade. Brasília: MMA: Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental, 2006.

BRASIL. Chamada Pública MMA n. 01/2006. Brasília: Diretoria de Educação Ambiental, 2006.

FERRARO, L. A. (Org.) Encontros e caminhos: formação de educadoras (es) ambientais e coletivos educadores. Brasília: MMA: Diretoria de Educação Ambiental, 2005.

TOZONI-REIS, M.F.C. Pesquisa-Ação. In: FERRARO et al. Caminhos e Encontros: Formação de Educadores Ambientais e Coletivos Educadores. Brasília, MMA. 2005.

BRASIL. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Rede Brasileira de Agendas 21 Locais. Brasília: Rede Brasileira de Agendas 21 Locais, s.d.

BRASIL. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Agenda 21. Disponível em:

http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=18. Acesso em 18 de jan. 2010.

SOARES, I. de O. Educomunicação: um campo de mediações. Comunicação e Educação, n.19.São Paulo: Ed. Moderna,2000.

 

Órgão financiador: Programa Bolsa Extensão-URI – Campus de Erechim

  


[1] Trabalho apresentado no IV Congresso Internacional das Linguagens – URI/Erechim/RS, maio/2010.

[2] E-mail: edinamingotti@yahoo.com.br

[3] E-mail: sbz@uri.com.br

[4] E-mail: vdecian@uri.com.br

[5] E-mail: mila_dipp@hotmail.com

 

MINGOTTI & el all, p. 36-42.